domingo, 27 de junho de 2010

Cal virgem ou Hidratada



O Óxido de Cálcio (CaO), mais conhecido comercialmente como cal, é um dos materiais de construção mais antigos do mundo. É obtido pela decomposição térmica (calcinação ou queima) de rochas calcárias moídas em diversos tipos de fornos, a uma temperatura média de 900°C. Sua utilização é muito abrangente nos mais diversos segmentos: construção civil, construção de estradas, siderurgia e metalurgia, indústria química, papel e celulose, indústria alimentícia, agricultura, saúde e preservação ambiental.

A chamada cal virgem, também denominada cal viva ou cal ordinária, é o produto inicial resultante da queima de rochas calcárias, composto predominantemente dos óxidos de cálcio e magnésio. Já a cal hidratada é uma combinação da cal virgem com água. Ou seja, CaO + H2O -> Ca(OH)2. Tem propriedades aglomerantes como o cimento, com a diferença de que o cimento, para endurecer, reage com a água e a cal com o ar. É a chamada cal aérea, enquanto o cimento recebe o nome de aglomerante hidráulico.

Em determinadas regiões do Brasil, a utilização da cal virgem para argamassas de assentamento e revestimento é bem intensa. Em uma primeira etapa, são misturadas a cal, areia fina e água. Essa mistura fica “descansando” por alguns dias, perde trabalhabilidade e depois é adicionada a uma pequena parte de cimento e mais água.

Na realidade, portanto, ninguém usa cal virgem. Podemos comprar uma cal virgem e quando preparamos a argamassa estamos hidratando a cal no exato momento da adição de areia e água. Esta reação libera muito calor e uma boa cal, bem calcinada, demora aproximadamente 48 horas para hidratar bem.

Além disso, a argamassa preparada com cal hidratada pode ser utilizada logo após a sua mistura. O que pode ocorrer, quando se faz a argamassa com a cal virgem, é fazer a aplicação na obra sem a completa hidratação. As conseqüências são trincas e quedas do material, com muito desperdício.

A cal não é disponível em todos os estados e o frete muitas vezes inviabiliza sua utilização. É mais um desafio que os profissionais da construção civil enfrentam, com muita criatividade e adaptação.

Aplicações de Gesso na Construção Civil



Aplicações do Gesso

Além de ser bonito e barato, o gesso apresenta bom isolamento térmico e acústico. Sua plasticidade permite produzir formas especiais e elementos diferenciados. Além de manter equilibrada a umidade do ar em áreas fechadas devido à sua facilidade em absorver água.
Em suas infinitas aplicações, o gesso se destina principalmente a dois tipos de segmento: construtivo, como em revestimentos, divisórias e forros, e decorativo, na arquitetura de interiores.

· Revestimento de gesso

Revestimento de gesso é o recobrimento de superfícies, paredes e tetos, com pasta ou argamassa de gesso confeccionado in-loco. É uma técnica usada com a finalidade de eliminar as ondulações nas emendas das placas de gesso ou dar acabamento em paredes e tetos de alvenaria. O revestimento com gesso é particularmente recomendado para superfícies internas e secas, já que a umidade e á água permanente altera as características do gesso.

· Divisórias em blocos ou painéis de gesso

As divisórias de gesso são versáteis, removíveis, proporcionam conforto acústico, pela capacidade de isolar os sons, e térmico, além de serem tão resistentes quanto as paredes de alvenaria.
Tendo aspecto real de paredes de alvenaria revestidas com gesso e os cones internos (câmaras acústicas) podem servir de passagem de tubulações hidráulicas, elétricas e telefônicas. Destaca-se também o uso do gesso acartonado em divisórias leves devido a sua leveza, estrutura e flexibilidade. Bem versáteis e geralmente leves, conforme a estrutura de suporte das placas, elas permitem usos variados. No exterior, as placas citadas podem ser substituídas por outras de gesso reforçado com fibra de vidro, que têm espessuras e massas específicas semelhantes aos anteriores, porém com resistências mecânicas muito superiores, principalmente a resistência ao impacto. Estes novos tipos de placas melhoram consideravelmente o desempenho estrutural das divisórias.

· Forros

O forro de gesso, além de decorar o ambiente, pode resolver os problemas de vigas aparentes e rebaixamentos de um modo geral. Suas características de resistência ao fogo, melhor isolamento termo-acústico, economia e rapidez na instalação, fazem com que o forro de gesso seja superior aos demais.
Com gesso reforçado com fibras naturais ( principalmente celulose) ou fibras de vidro, são produzidas placas com elevadas resistências mecânicas, para fins estruturais ou para vencer grandes vãos ( até
3 m).

· Uso do gesso na arquitetura de interiores.

O uso do gesso na arquitetura de interiores poderá ter até duas funções, a decorativa com molduras, frisos, florões, sancas, cimalhas, iluminação embutida, revestimentos de colunas, frentes de lareira , captéis, além de perfis e bordas de janelas e portas e rebaixamento de teto, aí não só pela sua função estética, mas também, muitas vezes, pela necessidade de se esconder uma tubulação hidro sanitária aparente no teto.


Normalização e Normas Técnicas

As normas técnicas são importantes porque padronizam qualquer tipo de atividade técnica. Assim sendo, diminuem a variedade de procedimentos, melhora a troca de informações, melhora a segurança, protege o consumidor e elimina barreiras comerciais. Com as normas todos sabem que existe um padrão e todos têm que segui-lo.

Para uma norma ser criada existe todo um processo. Primeiramente há de ter uma necessidade para a criação de uma norma para reger determinado assunto, geralmente a sociedade manifesta essa necessidade. Depois, o Comitê Brasileiro ou o Organismo de Normalização Setorial analisa essa necessidade de criar uma norma e inclui no programa de Normalização Setorial.

Então é criada uma Comissão de Estudo com diversos participantes da sociedade, que elabora um Projeto de Norma, a partir do consenso dos participantes. Assim, o Projeto de Norma é submetido à votação nacional entre os associados da ABNT e outros interessados. Depois que a norma é aprovada qualquer sugestão é analisada pela Comissão de Estudo. Por fim, a Norma Brasileira é impressa.

Uma nova tecnologia se caracteriza por representar um avanço considerável em relação à tecnologia já existente. Portanto não há norma técnica que regulamente sua utilização, não está espalhada pelo meio técnico e tem uma solução diferente quando comparada as tecnologias pré-existentes.

Essa tecnologia deve ser submetida à uma avaliação de desempenho, visando diminuir os riscos.

Devem ser analisados os seguintes pontos:

· exigência de segurança estrutural;

· exigência de segurança ao fogo;

· exigência de estanqueidade;

· exigência de durabilidade e manutenção;

· exigência de desempenho térmico;

· exigência de desempenho acústico;

· exigência de adequação do projeto;

· exigência de gestão da qualidade.

Não só as normas são importantes para elevar o nível de qualidade do produto ou do serviço, mas também a certificação. Essa certificação não é nada mais que emissão de certificados e marcas que demonstram que os produtos, serviços ou sistemas de gestão estão atendendo às normas que lhe são aplicáveis.

Todos saem beneficiados com a certificação. Os consumidores conseguem identificar quais produtos estão atendendo às normas, os fornecedores conseguem mostrar que o produto é de qualidade, e o governo consegue controlar os produtos.

As certificações existentes são:

· Certificação de Sistemas de Garantia de Qualidade ABNT (R), o Certificado de Registro;

· Marca de Qualidade ABNT (Q);

· Certificado de Conformidade ABNT (C).

Beneficiamento de Rochas Ornamentais


O beneficiamento de rochas ornamentais refere-se ao desdobramento de materiais brutos, extraídos nas pedreiras em forma de blocos ou, em alguns casos (quartzitos e ardósias). como placas. Os blocos, com dimensões normalmente variáveis de 5 m3 a 10 m3, são beneficiados sobretudo através da serragem (processo de corte) em chapas, por teares e talha-blocos, para posterior acabamento e esquadrejamento até sua dimensão final.

Os teares são melhor utilizáveis para os blocos maiores, na produção de chapas com 2 cm e 3 cm de espessura. Os talha-blocos são indicados para blocos menores ou informes, antieconômicos nos teares, na produção de chapas e tiras com 1 cm de espessura ou peças com mais de 3 cm (espessores).

A serragem nos teares é executada através de um quadro com fixação de lâminas de aço paralelas, que desenvolvem movimentos retilíneos, pendulares ou curvo-retilíneo-curvo sobre a carga. Nos talha-blocos a serragem é efetuada por discos diamantados, com diâmetros variados e capacidade convencional para cortes de até 1,20 m.

Polímeros Condutores


Polímeros Condutores

Os polímeros são conhecidos por serem ótimos isolantes, portanto não conduzem eletricidade. Porém, em 1970 cientistas descobriram um seleto grupo de polímeros que conduz corrente elétrica. Eles também emitem luz quando expostos a um potencial elétrico. Com essa descoberta estão sendo abertas muitas possibilidades na indústria tecnológica, fios de plástico, circuitos leves, músculos artificiais, e vários outras.

Estes polímeros possuem ligações pi conjugadas, o que permite a mobilidade eletrônica ao longo da cadeia, ou seja, permite a condução de corrente elétrica.

A aplicação dos polímeros condutores está sendo um avanço para a tecnologia. Com eles podem ser produzidos componentes eletrônicos extremamente pequenos, o que permite a fabricação de computadores do tamanho de um relógio ou ainda menores. Também estão sendo utilizados para o aprimoramento de telas de TV, visores de celulares e até mesmo na síntese de músculos artificiais.